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CENTRO OESTE,05/05/2025

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    Só 5% sabem o esperado: desempenho adequado em matemática no ensino médio regride a níveis de 2011

    g1.globo.com
    Só 5% sabem o esperado: desempenho adequado em matemática no ensino médio regride a níveis de 2011


    Dado é destaque em análises do Todos Pela Educação e do Iede. Relatório têm como base as informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2023. Aula de matemática do professor Raimundo Alves no CETI Augustinho Brandão
    Seduc
    Apenas 5,2% dos alunos que estavam no 3º ano do ensino médio na rede pública em 2023 apresentaram um nível de aprendizagem em matemática considerado adequado.
    O dado é dos destaques da análise do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) divulgada nesta segunda-feira (28), quando é comemorado o Dia Mundial da Educação.
    O relatório aponta ainda que, entre os alunos que estavam terminando esta mesma etapa da educação básica na rede privada, 30,5% tiveram o mesmo nível de desempenho.
    A análise tem como base os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2023.
    O número também foi divulgado no estudo “Aprendizagem na Educação Básica: situação brasileira no pós-pandemia”, do Todos Pela Educação, também divulgado nesta segunda.
    Os dados indicam que o nível de aprendizagem de matemática voltou a panoramas de mais de uma década atrás. Mesmo que o número tenha subido com relação a 2021 (5%), ainda está abaixo dos 6,9% registrados em 2019, na pré-pandemia, e se iguala a resultados de 2011.
    Desempenho em língua portuguesa
    Já quando a análise é do desempenho em língua portuguesa por alunos do 3º ano, o resultado é melhor, mas ainda longe do ideal: cerca de 32,4% tiveram um nível de aprendizagem adequado.
    Embora haja sinais de recuperação em relação a 2021 (31,2%), o número ainda é menor que o observado em 2019 (33,5%).
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    Destaques das análises do Iede e do Todos Pela Educação:
    5,2% dos alunos da rede pública no 3º ano do Ensino Médio atingem aprendizagem adequada em matemática.
    Entre os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental (EF), 16,5% demonstram domínio esperado em matemática (Iede).
    No 5º ano do EF, 43,5% dos alunos da rede pública tiveram desempenho adequado em matemática e 55,1% em língua portuguesa (Iede).
    O Todos Pela Educação destaca que o país só recuperou os mesmos níveis de aprendizado adequado da pré-pandemia em língua portuguesa e com alunos de 9º ano: 35,9% dos estudantes da rede pública conquistaram o nível nos dois anos.
    Desigualdades por raça e renda
    A análise do Iede também revela que as desigualdades educacionais por raça e por renda se agravaram nos últimos dez anos.
    No 9º ano, a diferença de desempenho em língua portuguesa entre estudantes brancos/amarelos e pretos/pardos/indígenas subiu de 9,6 pontos percentuais (p.p.) em 2013 para 14,1 pontos em 2023.
    Em matemática, o abismo foi de 6,2 pontos percentuais para 8,6. No Ensino Médio, a distância entre os grupos em Português aumentou de 11 para 14 pontos percentuais.
    As desigualdades também se refletem no nível socioeconômico. No 5º ano, 61% dos alunos mais ricos atingem aprendizagem adequada em língua portuguesa, frente a 45% dos mais pobres. Em matemática, os percentuais são de 52% e 32%, respectivamente. Mesmo entre estudantes com perfil socioeconômico semelhante, o desempenho de brancos segue superior ao de pretos e pardos.
    Comparação entre as redes privada e pública
    As comparações entre redes mostram diferenças expressivas. No 5º ano, 72,6% dos estudantes da rede privada atingiram o nível adequado em matemática, frente a 43,5% da rede pública. Em língua portuguesa, a diferença foi de 27,4 pontos percentuais. No ensino médio, os dados do Iede mostram que 8% dos estudantes brancos alcançaram o nível adequado em matemática, contra 3% dos estudantes pretos.
    “É inadmissível que o país não tenha conseguido, em uma década, reduzir as enormes diferenças de aprendizagem entre estudantes de diferentes grupos raciais e socioeconômicos”, avalia Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação. Segundo ele, os dados reforçam a urgência de políticas públicas robustas para recompor as perdas e garantir equidade na educação brasileira.
    VÍDEOS DE EDUCAÇÃO




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